MEMORIALALMAMEMORIAL ALMA


terça-feira, setembro 25, 2007


VIDA


Das reminiscências, rosto apagado, sugado pela desesperança, pelo embate travado na luta pela sobrevivência.
Um caminhar de dor no corpo e na alma impediu por um tempo o andar seguro de sonhos e planos, programados na mente de quem queria apenas, ser aprendiz e feliz.
Uma fase morta.
Um tempo esquecido preso entre as indagações, sem perspectivas, na solidão do mundo.
A dor profunda e dilacerante desperta o que se pensava morto; a sede do saber, latente, lateja... A vida ressurge e clareia o momento.
Percorro lugares, contorno obstáculos, descalça, despida, destituída do mal e de bem com a vida.
Sigo em frente!
Redescubro dentro de mim a ânsia do viver. Sigo a estrada, procuro lugares, descubro atalhos; busco a luz, devo ultrapassar. Viver!


Cacá Manacá

segunda-feira, setembro 24, 2007


DEVANEIO


Entre o infinito que se desdobra no horizonte da minha alma,
posto está o sentimento latente que se manifesta para alçar vôo
nas asas do sonho a ternura que mora em mim.


Cacá Manacá

domingo, setembro 23, 2007


LAMENTO


Becos infinitos, labirintos sem fim, sinuosos caminhos perdidos dentro de mim.

A razão até hoje não sei bem!

Embora os caminhos levassem aos mesmos caminhos, havia o desencanto, o espanto!

A vida indo e vindo silenciosa, serena.

Os conflitos gritando, em pranto, num peito calado.

Perplexa, não descubro um canto para esconder o pranto.

Ele jorra dentro de mim, puro e cristalino.


Cacá Manacá



AMOR, ETERNO AMOR!


Enquanto sonho percorro seu espaço.

Ele é pouco para mim quando descubro a grandiosidade do ser que habita nesse corpo.

Abraço-me em abraços de ternura, vou mais fundo e mais descobertas faço!

O vínculo que fecunda não é do amor transitório; nasce e renasce das profundezas do meu ser o amor eterno.

Não sei se descoberto nesse plano físico, mas, com certeza, existente em outras dimensões; sem paixões, sem sexo, sem ilusões.

Durmo no embalo do amor sincero, sonhando os sonhos que por certo, juntos, há muito já sonhamos.

Acordo em paz, sem traição.

Nesses encontros quase sempre noturnos, para você, certamente absurdos, eu continuo amando.... Sonhando com outros planos além, que um dia, viveremos em plenitude.


Cacá Manacá






Em todos os meus dias sempre há uma fresta de luz,


uma Energia de amor vinda do Universo que me mantém acessa e alerta


Que enternece meu coração as vezes tão cansado, alivia minhas dores, lava minha alma, dá-me muitos sonhos para sonhar ... me faz dormir o sonho da aceitação.


Mesmo quando a noite escura amedronta, a Energia afronta e eu prossigo caminhando, pois, em algum lugar devo chegar!


Oh Senhor! Deus da Terra, dos Céus, de todo Universo!


Oh Senhor, de toda dor, de todo amor! Deixa-me andar por caminhos do meu merecimento e mesmo tendo que regrar, de renascer, de aprender, de cair e levantar, deixa-me oh Senhor!Continuar a ser água da fonte, para um dia me tornar MAR!!!




Cacá Manacá


VOCÊ


Você, amado, sonhado, esperado.
Você, nascido do amor em sua essência mais profunda!
Você, querido, é a soma de muitos sonhos e planos feitos ao longo dos anos...
Hoje, passado tanto tempo, você continua sendo a ternura, a realização do sonho, a festa permanente da minha vida.
Você, filho do meu coração, do meu corpo, da minha ânsia de vida.
Você, filho das minhas batalhas nas estradas e nos atalhos.
Você, a realização maior de um amor profundo.


Cacá Manacá




Deixa por instantes o teu mundo e vem
ocupar o espaço aberto para o sonho
à nossa frente, seguindo caminhos
entre aléias banhadas ainda pelas águas
noturnas e vindas ao milagre da vida.
Deixa por momentos o casulo de sedas
onde repousas e vem correr comigo
para a redescoberta do tempo,
na invenção de atalhos, para
que cheguemos logo e desatemos
sombras e desencontros, e olhemos, na distância, os verdes e renovos
do vale onde os animais se entregam
às linhas da paisagem.
Deixa por séculos o próprio corpo,
que, para atingir-te a alma, venho
saltando de estrela em estrela,
e ordena ao meu ser que se desfaça
em chamas, e reste apenas a parte
que te ama, inviolável, em todas
as medidas renscendo, por ti.
Deixa para sempre a tua própria vida
e vem somar-te a todas as graças
e a todos os bens - que mais valem
à posse - , e vem, molhada em orvalho,
viver meus dias guardados no teu colo
onde mil astros se derramam em ouro
e brilham mais no veludo que refulge
ao sol da pele.


Brasília, 28 de novembro de 1979
JBB